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S-2210 no eSocial: Como evitar multas e automatizar sua gestão de acidentes

Entenda o que é o S-2210 no eSocial, como funciona o envio da CAT e como automatizar o processo para evitar erros e multas.

Fábio Maciel

13 de março de 2025

Atualizado em: 11/05/2025

Leitura: 6min


S-2210 no eSocial: Como evitar multas e automatizar sua gestão de acidentes

Imagine um acidente simples no ambiente de trabalho — uma queda leve, um corte pequeno, algo que parece inofensivo à primeira vista. Agora, pense nas consequências legais e financeiras de não reportar esse episódio corretamente. É aí que entra o evento S-2210 do eSocial: uma peça-chave na engrenagem da saúde e segurança ocupacional que muitas empresas ainda negligenciam.

Neste artigo, vamos revelar como o S-2210 pode ser seu maior aliado na conformidade legal, mostrar o que a lei exige, os erros mais comuns cometidos pelas empresas e como a tecnologia pode transformar esse processo em algo rápido, seguro e automatizado. Continue lendo e descubra como proteger sua empresa e seus colaboradores com inteligência e eficiência.

    O que é o evento S-2210 no eSocial?

    O evento S-2210 do eSocial é como o “termômetro da saúde ocupacional” dentro das empresas. Ele serve para comunicar à plataforma governamental qualquer acidente de trabalho, mesmo que o empregado não precise se afastar. Essa notificação é obrigatória e deve ser feita em até 1 dia útil após a ocorrência (Fonte).

    Trata-se de uma exigência legal prevista no artigo 22 da Lei 8.213/91, e está vinculada ao cumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho.

    Além disso, o envio do S-2210 substitui a entrega física da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que agora passa a ser digital, por meio do próprio sistema do eSocial. Isso traz mais agilidade e segurança jurídica às empresas.

    Quais situações exigem o envio do S-2210?

    O S-2210 deve ser enviado em casos como:

    • Quedas, cortes ou fraturas ocorridas durante o expediente
    • Acidentes de trajeto (do trabalho para casa ou vice-versa)
    • Situações que envolvam exposição a agentes nocivos
    • Acidentes leves que não afastem o colaborador

    Mesmo em casos sem afastamento, a comunicação é obrigatória. Ignorar esse envio pode gerar multas e problemas com a fiscalização.

    Exemplo prático:

    Imagine um funcionário que sofre um pequeno corte na mão ao manusear uma ferramenta. Ele faz um curativo e continua trabalhando normalmente. Apesar da aparente simplicidade do caso, o envio do S-2210 é necessário. Se, futuramente, houver uma infecção ou complicações, a empresa estará coberta com a documentação correta, evitando problemas legais.

    Quem deve enviar o S-2210?

    A responsabilidade é da empresa empregadora. Porém, clínicas de saúde ocupacional e gerenciadoras podem ter um papel essencial no apoio a esse processo.

    Esses parceiros são como “copilotos” no trajeto da conformidade, ajudando a:

    • Coletar informações com rapidez
    • Preencher corretamente os dados exigidos
    • Integrar os dados ao sistema do eSocial com agilidade

    Empresas que contam com sistemas integrados geralmente têm uma taxa de conformidade maior, pois conseguem registrar os acidentes em tempo real, evitando falhas no processo.

    Papel das clínicas:

    Clínicas que atuam de forma consultiva ajudam não só no envio da CAT, mas também na análise dos acidentes para promover melhorias no ambiente de trabalho. Elas podem sugerir EPIs mais adequados, ajustar postos de trabalho e até participar de programas de prevenção.

    Quais informações devem constar no S-2210?

    O envio deve conter dados precisos sobre:

    • Dados do trabalhador
    • Data, hora e local do acidente
    • Descrição do que aconteceu
    • Indicação de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)

    Usar um software para saúde ocupacional integrado ao eSocial é essencial para garantir que tudo seja reportado de forma correta e dentro do prazo.

    Vale destacar que a CAT gerada por meio do evento S-2210 tem a mesma validade jurídica da CAT física. Além disso, o sistema permite acompanhar se o evento foi recepcionado corretamente pela Receita Federal.

    Campos adicionais obrigatórios:

    • CID do acidente, se houver atendimento médico
    • Informação sobre uso de EPIs
    • Responsável pelo preenchimento da informação
    • Se o acidente foi típico, de trajeto ou doença ocupacional

    O que acontece se o S-2210 não for enviado?

    Não comunicar o acidente pode gerar consequências sérias:

    • Multas administrativas que variam conforme o número de empregados e reincidência
    • Riscos trabalhistas por falta de documentação
    • Comprometimento da imagem da empresa diante de órgãos fiscalizadores

    É como deixar uma ferida aberta sem tratar: o problema pode parecer pequeno no início, mas cresce com o tempo.

    Além disso, a ausência da CAT pode dificultar o acesso do trabalhador a benefícios previdenciários em casos de agravamento ou afastamento posterior.

    Riscos legais:

    Empresas que não documentam corretamente os acidentes de trabalho estão mais vulneráveis a processos judiciais. Isso pode resultar em indenizações elevadas, especialmente quando há nexo causal entre o acidente e a ausência de comunicação oficial.

    Como um software de saúde ocupacional pode ajudar?

    A tecnologia é a aliada ideal para manter a conformidade sem complicações. Com um sistema especializado, é possível:

    • Automatizar o preenchimento e envio do evento S-2210
    • Armazenar todas as CATs e relatórios de acidentes
    • Gerar alertas de prazos e pendências
    • Centralizar a gestão de saúde e segurança do trabalho

    Isso reduz erros humanos, evita esquecimentos e acelera processos.

    Além disso, algumas plataformas permitem visualizar o status do evento diretamente no sistema, garantindo rastreabilidade e mais controle.

    Boas práticas para o envio do S-2210

    • Treine a equipe sobre os tipos de acidentes reportáveis
    • Tenha um fluxo de comunicação interna eficiente
    • Registre todos os acidentes, mesmo os considerados “simples”
    • Utilize um sistema integrado ao eSocial para evitar retrabalho
    • Monitore prazos com alertas automatizados

    Dica adicional:

    Crie uma política interna que defina responsabilidades claras: quem coleta as informações, quem preenche o sistema e quem valida o envio. Isso evita confusões em momentos críticos.

    Integração com eSocial: por que é essencial?

    A integração com o eSocial permite:

    • Envio automático e em tempo real
    • Confiabilidade nos dados
    • Redução do retrabalho e da burocracia
    • Conformidade com a legislação

    Empresas que adotam essa prática saem na frente, evitando dores de cabeça e ganhando tempo para focar no que realmente importa: o cuidado com seus colaboradores.

    Além disso, a integração garante que os dados estejam sempre atualizados junto ao governo, evitando retrabalho em fiscalizações e auditorias.

    Tendência:

    Com a ampliação do eSocial e maior fiscalização digital, empresas que mantêm fluxos manuais tendem a sofrer mais penalizações. Automatizar é, além de estratégico, uma forma de se manter competitivo e em dia com a lei.

    Fontes confiáveis para aprofundamento

    Manter a conformidade com o eSocial não precisa ser um processo burocrático, demorado ou arriscado. Como vimos, o envio correto do evento S-2210 vai muito além de uma obrigação legal — ele é uma proteção para a empresa, um direito do trabalhador e uma oportunidade para modernizar a gestão da saúde ocupacional.

    Com um sistema especializado, tudo se torna mais simples, seguro e rápido. Automatizar o envio da CAT, monitorar prazos e garantir que nenhuma informação fique de fora é o que separa empresas proativas daquelas que correm atrás do prejuízo.

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